Tem até poema para ela.
Ser Doula é servir. Com amor.
DOULA
Um mar de águas calmas dentro de mim
durante um breve e sublime tempo.
Uma gota de sangue e,
de repente, o mar de águas
- antes calmas –
transforma-se
em frondosa cachoeira.
O aviso da chegada
de quem foi sempre amado
e aguardado com tantos
anseios, dúvidas, medos.
Chegam junto pequenos abraços.
Ainda aqui dentro.
Porém, chega o tempo
em que as ondas do mar
- antes calmo -
começam a mostrar sua força.
E aumenta o medo
daquilo que não se conhece,
daquilo que está por vir.
Mas entra o antimedo,
pela porta, em minha vida.
Em nossas vidas.
Palavras de conforto,
atitudes exatas,
aliviam a força
das ondas,
aliviam a chegada
do medo.
Mãos que antagonizam
o efeito das ondas.
Palavras que destroem
o efeito do medo.
Serviência a quem está
prestes a entrar
em um novo mundo.
Mãe e filho,
muitos abraços,
mais fortes,
mais frequentes.
E, junto aos abraços,
mãos mágicas
Que transformam a dor
na magia da chegada.
Antes o mar calmo,
a gota de sangue.
Depois a cachoeira,
junto às fortes ondas.
Agora o fogo da chegada.
Natureza pura e simples,
como tem que ser.
Não há sofrimento,
não há invasão,
não há erros.
Só há conforto,
incentivo
e alívio.
Vieste servir
ao início sublime
de muitas e
novas vidas.
Doula, doa.
Dor, amor.
Tudo junto.
Doula doa Amor.
Doula do Amor.
Paty Sampaio (em homenagem a minha doula Nelia e
a todas as doulas da cidade)
Recife, 16/07/11
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