sábado, 25 de janeiro de 2014

Eu e o Ishtar-Recife: Uma História de AMOR



Eu, simplesmente, AMO o Ishtar - Recife.




Amo os nossos encontros, principalmente encontros como o de hoje, que tinha MUITA gente procurando informação, procurando sair da bolha, procurando empoderamento para definir suas escolhas e dicas de como peitar a cultura da violência obstétrica, que também é violência contra a mulher e contra a criança.



Amo o mundo da humanização do parto.

Amo poder estar mais disponível a ajudar mais e mais mulheres, como doula, como feminista e como coordenadora do grupo, para que elas não passem por violência, para que tenham uma experiência inesquecivelmente positiva de parto.



Cada parto transformador que acontece com uma das participantes do grupo (de qualquer grupo) me deixa em êxtase, como o de Marília, que aconteceu ontem, e ode Paty Brandão (foto);


Cada encontro fica mais cheio de mulheres, homens e curiosxs.

Cada encontro fica mais emocionante para quem faz e para quem participa. Está sendo comum o derramamento coletivo de lágrimas no fim dos encontros, lágrimas de libertação, lágrimas de esperança.

Amo esse mundo de ativismo em defesa dos direitos das mulheres.





Lembro do primeiro encontro em que fui, há cerca de 5 anos, onde só tinha EU de grávida, e duas recém-paridas. Os encontros eram pequenos, no salão de festas da casa de Analu, uma das fundadoras do grupo. Quando vejo no que isso está se transformando, na proporção que está tomando, em todo o Brasil, só consigo ver luzes e alegrias à frente.

Sei que ainda temos muito o que mudar, não só referente ao parto, mas também à cultura machista em que vivemos. Mas quando olho para trás, vejo como mulheres unidas e conectadas em defesa de nosso gênero fazem, verdadeiramente, uma revolução social bem sucedida.






O futuro é nosso, e é um futuro mais justo e sem violência contra mulheres e crianças.





Definitivamente, parir é um ato político. Não era para ser, assim como várias outras atitudes de mulheres que apenas são livres também não deveria. Deveria ser natural, caso a sociedade aceitasse as atitudes de mulheres sem julgamentos. Mas é político.





E as formiguinhas feministas e do parto continuam fazendo seu papel, às vezes precisam ferroar, às vezes apenas ajudam as outras a carregarem as folhas mais pesadas. Mas o trabalho está sendo feito, na maioria das vezes de forma pacífica, sem cessar, e com resultados extremamente visíveis e cheios de AMOR. Que é o que importa.




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